Paulo Freire

Paulo Freire

Paulo Freire nasceu em 1921, em Recife, Pernambuco, onde pôde, desde cedo, observar as dificuldades de sobrevivência das classes desfavorecidas. Talvez daí tenha vindo a sua indignação contra as injustiças e seu grande desejo: a transformação da sociedade que, segundo ele, devia ser menos autoritária, discriminatória e desigual, o que aconteceria por via da educação. A sua prática na educação, ou sua práxis educativa, como ele preferia chamar, foi sempre coerente com o seu sonho de democracia, desde os tempos de professor de escola, até aqueles em que passou a criador de ideias e "métodos", reconhecidos e divulgados pelo mundo. Em abril de 1997, lançou seu último livro, "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa", e em maio do mesmo ano, Paulo Freire acabou falecendo.

Você pode saber mais sobre a vida deste grande homem, assim como de seus projetos de educação para liberdade da sociedade, acessando a série documental organizada pela TV SESC, aquiTambém o documentário da TV Escola. Ou a Entrevista de Freire para o programa 'Matéria Prima' da TV Cultura.

A Carta Capital também apresenta matéria reafirmando o lugar de Freire na educação, o que se torna necessário diante do contexto político atual, quando o (des)presidente e seus aliados se esforçam tanto para desonrar este grande pensador. Confira aqui.

 

Livro: A Importância do Ato de Ler

Resumo

   O presente livro de Paulo Freire constitui-se em uma palestra sobre a importância do ato de ler em uma comunicação sobre as relações da biblioteca popular com a alfabetização de adultos e em um artigo que expõe a experiência de alfabetização de adultos desenvolvida pelo autor e sua equipe em São Tomé e Príncipe.

 

Livro: Ação Cultural para a Liberdade

Resumo

   Este volume reúne alguns dos textos que Paulo Freire escreveu entre 1968 e 1974. A intenção básica ao redigi-los era a de provocar uma discussão em cujo processo se aprofundasse a análise de alguns de seus aspectos principais. Juntamente com Extensão ou Comunicação, publicado no Brasil em 1970, por Paz e Terra, alguns deles talvez aclarem certos possíveis vazios entre Educação como Prática da Liberdade e Pedagogia do Oprimido.

 

Livro: Cartas à Guiné-Bissau

Resumo

   Este livro, tão informal, é como se Freire estivesse conversando, tentando, tanto quanto possível, ir fixando este ou aquele aspecto que lhe marcaram em suas visitas de trabalho à Guiné-Bissau, na África. Nas palavras do autor, o lugar era chamado pelos colonialistas portugueses de “província de ultramar”. Nome pomposo com que procuravam mascarar sua presença invasora naquelas terras e a exploração desenfreada de seu povo. Esta referência é para sublinhar quão importante foi, para ele, pisar pela primeira vez o chão africano e "sentir-me nele como quem voltava e não como quem chegava".

 

Livro: Educação como Prática da Liberdade

Resumo

   Este ensaio de Paulo Freire nos propõe as linhas mestras de sua visão pedagógica e de seu método de ensino. Contudo convém ter presente desde o início que não se trata apenas da exposição de mais uma teoria educacional. O autor não é um mero espectador na história de seu povo, de modo que as idéias aqui apresentadas trazem, claras e explícitas, as marcas da experiência vivida pelo Brasil nestas últimas
décadas. Paulo Frejre soube reconhecer com clareza as prioridades da prática nesta etapa crucial assinalada pela emergência política das classes populares e pela crise das elites dominantes. Assim, até a elaboração do presente livro – escrito, depois da queda do governo Goulart, nos intervalos das prisões e concluído no exílio - suas idéias alcançaram projeção em todo o Brasil.

 

Livro: Extensão ou Comunicação

Resumo

   Neste ensaio, Paulo Freire, que trabalhou no Chile durante alguns anos de exílio, analisa o problema da comunicação entre o técnico e o camponês, no processo de desenvolvimento da nova sociedade agrária que se está criando. Mais do que uma análise do trabalho como educador, do agrônomo equivocamente chamado “extensionista", o presente ensaio nos parece uma síntese muito profunda do papel que Freire assinala à educação compreendida em sua perspectiva verdadeira, que não é outra senão a de humanizar o homem na ação consciente que este deve fazer para transformar o mundo. Nesta perspectiva, o autor discute a reforma agrária e a mudança, opondo os conceitos de “extensão” e de “comunicação” como ideias profundamente antagônicas.

 

Livro: Medo e Ousadia

Resumo

Este livro trata-se de um diálogo entre Ira Shor e Paulo Freire, ideia que surgiu em propôs um 1984, quando Paulo fazia uma residência na Universidade de Massachusetts. Os dois discutem questões frequentemente colocadas por professores a propósito da educação “libertadora” ou transformadora.

 

Livro: Pedagogia da Autonomia

Resumo

   A questão da formação docente ao lado da reflexão sobre a prática educativo-progressiva em favor da autonomia do ser dos educandos é a temática central em torno de que gira este texto. Este pequeno livro se encontra cortado ou permeado em sua totalidade pelo sentido da necessária eticidade que conota expressivamente a natureza da prática educativa, enquanto prática formadora. Educadores e educandos não podemos, na verdade, escapar à rigorosidade ética. Mas, é preciso deixar claro que a ética de que falo não é a ética menor, restrita, do mercado, que se curva obediente aos interesses do lucro.

 

Livro: Pedagogia da Esperança

Resumo

   Nesta obra Freire reascende a crença no ser humano oprimido, como opção ética e humanística de lutar contra sua opressão em favor da vida e da liberdade. É preciso sempre alimentar a esperança de que a mudança é possível. De que as injustiças, as desigualdades, a miséria, possam um dia senão desaparecer completamente, ao menos ser amenizada ou corrigida. Não podemos também nos acomodarmos, usando como pretexto a desesperança, e compactuarmos ainda que indiretamente com os escândalos e problemas sociais que nos afetam diretamente.

 

Livro: Pedagogia da Indignação

Resumo

   Este livro foi organizado pela esposa de Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire, entendendo que, para celebrarmos a sua VIDA, devemos perenizar intencionalmente a sua práxis político-pedagógica, entre outras possibilidades, divulgando o seu trabalho. Assim, ela agrupou uma coletânea de textos seus: Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. Esta Pedagogia é composta de duas partes. Na primeira estão as Cartas Pedagógicas, como Paulo mesmo as nomeou. Na segunda parte, os Outros Escritos, estão textos produzidos por Paulo no ano de 1996 e um de 1992, pela importância de seu tema "Descobrimento da América" no ano em que o Brasil comemorava oficialmente o seu "descobrimento". Participam, também, deste livro, três intelectuais brasileiros, aos quais junto agora o filósofo argentino Cirigliano, todos amigos pessoais de Paulo e identificados sobretudo com o seu pensamento dialógico libertador.

 

Livro: Pedagogia do Oprimido

Resumo

   A Pedagogia do Oprimido implica uma atitude e postura radicais baseadas no encontro com o povo através do diálogo enquanto instrumento metodológico que permite a leitura crítica da realidade, partindo da linguagem do povo, dos seus valores e da sua concepção do mundo, transformando-se numa luta pela libertação dos oprimidos. A obra estrutura-se em quatro partes que são precedidas de uma breve introdução, na qual Paulo Freire chama a atenção para o medo da liberdade ou o denominado perigo da conscientização enquanto processo de evolução de uma consciência ingénua ou mítica para uma consciência crítica.

 

Livro: Política e Educação

Resumo

   Paulo Freire declara que se preocupa em não tomar uma posição dogmática em relação à realidade política e à prática pedagógica. Fala da importância da ação política, do aprendizado através da constante curiosidade. Nestes tempos pós-modernos, a educação é prática indispensável aos seres humanos, inseridos no contexto da história. O objetivo de Freire é provocar uma compreensão crítica da história e da educação.

 

Livro: Por uma Pedagogia da Pergunta

Resumo

Essa é uma obra falada e coletiva, é uma conversa entre dois grandes intelectuais que está aberta ao mundo. No livro eles apresentam uma definição de cultura como ações cotidianas que levam os indivíduos a se relacionarem e trocarem experiência, fazendo com que a cultura não seja estática, evoluindo constantemente a partir de novas experiências aprendidas. Levam em consideração a abordagem de cotidianeidade e sugerem uma forma de ensino-aprendizagem duradoura No livro, Paulo Freire propõe a pergunta como um princípio educativo.

 

Livro: Professora Sim, Tia Não

Resumo

   O que Paulo enfatiza no livro é que a docente ao ser chamada de tia, acaba por eufemizar a sua formação. Uma tia poder ser tia e não ensinar nada ao sobrinho, porém, uma professora só pode ser chamada de professora quando ensina, a profissão lhe exige isto. É uma concepção ideológica. A professora é levada a buscar a liberdade e direitos da profissão, não se deixando ser oprimida pelo autoritarismo político e ser ousada, assumindo com amor e ousadia nosso papel, através da democracia.

 

Livro: Carta de Paulo Freire aos professores

Resumo

   Esta carta foi retirada do livro Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar (Editora Olho D'Água, 10ª ed., p. 27-38) no qual Paulo Freire dialoga sobre questões da construção de uma escola democrática e popular. Escreve especialmente aos professores, convocando-os ao engajamento nesta mesma luta. Este livro foi escrito durante dois meses do ano de 1993, pouco tempo depois de sua experiência na condução da Secretaria de Educação de São Paulo.

 

Livro: A educação na cidade - Projeto pedagógico

Resumo

   Neste capítulo, Paulo Freire responde as perguntas feitas pelo jornal intitulado Psicologia, do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Esta entrevista foi realizada em março de 1989.

 

Livro: Que fazer - teoria e prática em educação popular

Resumo

   Servindo-se do diálogo como método de abordagem, os autores analisam dinamicamente o conceito de educação popular, o qual está intimamente ligado à transformação da sociedade. Procuram ainda refletir e aprofundar as diversas questões suscitadas por esta prática educacional.

 

Livro: Carta aos animadores e às animadoras culturais

Resumo

Esta obra reúne quatro cartas a propósito de seu trabalho político-pedagógico. Originalmente, estas cartas foram publicadas em dezembro de 1978 pela Comissão Nacional Coordenadora de Círculos de Cultura Popular. Tratam-se de uma documentação interna de trabalho de animadores de educação popular de São Tomé e Príncipe.

 

Livro: Educação e Mudança

Resumo

   Ao lado da conscientização, a mudança é um “tema gerador” da prática teórica de Paulo Freire. Como o tema da consciência, o tema da mudança acompanha todas as suas obras. A mudança de uma sociedade de oprimidos para uma sociedade de iguais e o papel da educação – da conscientização – nesse processo de mudança é a preocupação básica da pedagogia de Paulo Freire. Aqui, em quatro estudos, ele se detém mais sistematicamente.

 

Livro: Os cristãos e a libertação dos oprimidos

Resumo

   Ao refletir sobre o papel das Igrejas na América Latina, Paulo Freire destaca alguns pontos que precisam ser analisados além do caráter histórico: a impossibilidade da neutralidade política, o consequente caráter educativo da Igreja e a opção necessária pelos oprimidos. Não se pode fazer nenhuma dessas análises fora da história, não se pode tomar a educação acima da realidade concreta do mundo. Falar em “educação libertadora” no seio das Igrejas é falar na necessidade de superar o papel tradicionalista das Igrejas e superar as profundas marcas coloniais. Por isso, Freire acredita que os teólogos comprometidos historicamente com os oprimidos e que defende uma teologia política da libertação estão no caminho certo.

 

Livro: Educação e atualidade brasileira

Resumo

   Nesta obra, Freire coloca uma questão para reflexão: porque não vingou o espirito de democracia no povo brasileiro? Essa questão é ampliada no confronto com a constatação de que a atualidade está impondo a participação desse povo na vida pública do país. Em meio a esses dois problemas centrais, Paulo Freire aponta princípios para a Educação: ação dialógica, organicidade da educação (contexto histórico social), práxis refletiva (ação-reflexão-ação) e criticidade (consciência crítica). 

 

Livro: A propósito de uma administração

Resumo

   Pequeno trabalho em que Freire retoma algumas ideias, anteriormente expostas em sua tese, e apresenta um relatório de administração do Professor João Alfredo Gonçalves da Costa Lima quando Reitor da Universidade do Recife. Esse livro é baseado e também da continuação dos assuntos abordados no livro anterior, Educação e atualidade brasileira (1959).

 

Veja também a Palestra realizada por Paulo Freire no auditório do CDCC em 22 de novembro de 1994, patrocinada pelo IFSC-USP e Escola Educativa.