JEB - O Sertão: Imaginário e Materialidade

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O Sertão 

O sertão compõe área de estudos de natureza multidisciplinar, envolvendo agricultores, geógrafos, arqueólogos, engenheiros, historiadores, entre outros: entretanto, o imaginário do sertão e sua ocupação tem seu foco na literatura. Trazer a discussão sobre o espaço do sertão, do Brasil Central, num evento literário é portanto apenas natural. No interior de São Paulo, falam “em pleno sertão”. No extremo oeste, já nas margens do grande Rio Paraná, falam ainda em “boca do sertão”. Mais além do litoral, ouve-se a insistente referência ao chamado Sertão da Farinha Podre. E mudando totalmente a região, convém lembrar o uso que nordestinos dão ao adjetivo sertanejo, para qualificar tudo o que vem de cidades como Campina Grande, Quixadá ou Correntina. Misterioso sertão, que parece estar em toda parte e sempre fugindo. Este edição da Jornada de Estudos Brasileiros parte do romance já clássico de Guimarães Rosa, Grande Sertão, Veredas, como oportunidade para refletir sobre o espaço geográfco, cultural e estético que se convencionou designar sertão. Assim como naquelas diferentes cidades que pleiteiam o privilégio de ser e estar no sertão, trata-se de um termo cujo significado, longe de ser homogêneo, suscita as mais diferentes abordagens.
O Centro de Estudos Brasileiros da Universidade Federal de Goiás é um núcleo de pesquisa e extensão que visa debater e difundir temas relevantes relativos ao Brasil e, nesta Jornada de Estudos Brasileiros, contou com o apoio do Fundo Estadual de Cultura e da ociedade Cultural Elysium. O Seminário é promovido visando o avanço da cooperação e do diálogo acadêmico nacionais e internacionais com a sociedade.

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